Domínio Público / Wikimedia Commons Pé de maconha cultivado para fins medicinais |
“Este foi o primeiro estudo no qual foi permitido aos pacientes fumarem maconha em casa – e os pacientes foram acompanhados diariamente”, disse o Dr. Mark Ware, autor do estudo e que também é pesquisador da área da neurociência.
Neste estudo, doses baixas de maconha inaladas (25 mg) continham aproximadamente 10% de THC (o ingrediente ativo da maconha). Os pacientes fumavam a maconha através de uma única inalação usando um tubo - três vezes ao dia durante um período de cinco dias. Logo nos primeiros dias os pacientes que sofriam de dor neuropática crônica (dor associada à lesão do nervo) sentiram uma modesta diminuição na dor. Os resultados também sugeriram que a maconha melhorou o humor dos pacientes e os ajudou a dormir melhor.
Os pacientes que foram acompanhados sofriam com dores causadas por lesões no sistema nervoso após acidentes traumáticos ou cirurgias e as terapias tradicionais não estavam surtindo efeito. De acordo com os pesquisadores, esse tipo de dor ocorre com mais freqüência do que possamos imaginar, e há poucos tratamentos eficientes disponíveis. Para esses pacientes, o uso medicinal da maconha pode ser a última esperança.
Esse estudo representa um importante passo uma vez que demonstra os efeitos analgésicos da maconha quando usada em doses baixas e durante um curto espaço de tempo em pacientes que sofrem com dor neuropática crônica.
No entanto, outros estudos usando doses mais altas do THC, o ingrediente ativo da maconha, e por um tempo maior ainda são necessários para melhor avaliar a eficácia do uso medicinal da maconha a longo prazo. O desafio dos pesquisadores é, sem dúvida, detectar qual a dosagem certa da maconha que pode ser usada de modo que seja eficiente no momento e que não venha a causar efeitos colaterais nos pacientes no futuro.
O artigo “Maconha para dor neuropática crônica” foi publicado no Canadian Medical Association Journal e financiado pelo Instituto Canadense de Pesquisa na Saúde.
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