quarta-feira, 21 de março de 2012

Aula prática - Questionário

Neuroanatomia
1 - Identifique as estruturas anatômicas estudadas e conceitue-as.
Bulbo - O bulbo ou medula oblonga tem forma de um cone, cuja extremidade menor continua caudalmente com a medula espinhal.
Ponte - Ponte é a parte do tronco encefálico interposto entre o bulbo e o mesencéfalo.
4º ventrículo - O quarto ventrículo é uma das quatro cavidades preenchidas por fluido que compreendem o sistema ventricular no interior do encéfalo humano. É preenchido por líquido cefalorraquidiano.
Tronco encefálico - O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo, ou seja, conecta a medula espinal com as estruturas encefálicas localizadas superiormente.
Pedunculo cerebelar - Pedúnculo cerebral são dois grandes feixes de fibras com origem nos hemisférios cerebrais. Divergem destes e têm como limite inferior a porção mais rostral da porção caudal do mesencéfalo(constituinte do tronco cerebral)
Tratos – Feixe de fibras nervosas com aproximadamente a mesma origem, mesma função e mesmo destino
Neurotransmissores – são substâncias químicas que se prestam para permitir o impulso nervoso de um neurônio a outro.
Córtex - corresponde à camada mais externa do cérebro dos vertebrados, sendo rico em neurônios e o local do processamento neuronal mais complexo e desenvolvido
Glioma – é um tipo de tumor que se inicia no cérebro ou na coluna vertebral. Ele é chamado de glioma, porque surge a partir de células gliais. O local mais comum de gliomas é o cérebro.
Crânio – O crânio é um invólucro de tecidos mais ou menos rígidos que, nos animais do clade Craniata (a que pertencem os vertebrados e outros de filogenia próxima), envolve o cérebro, os órgãos do olfacto, da visão, etc.
Cérebro – O cérebro é a parte do sistema nervoso central que fica dentro do crânio. É a parte mais desenvolvida e a mais volumosa do encéfalo.
Cerebelo – O cerebelo, órgão do sistema nervoso supra-segmentar, deriva da parte dorsal do metencéfalo e fica situado dorsalmente ao bulbo e à ponte. É a parte do encéfalo responsável pela manutenção do equilíbrio e pelo controle do tônus muscular e dos movimentos voluntários, bem como pela aprendizagem motora.
Tálamo – O tálamo é uma região de substância cinzenta (núcleos de neurônios) do encéfalo. São duas massas neuronais situadas na profundidade dos hemisférios cerebrais. A principal função do tálamo é servir de estação de reorganização dos estímulos vindos da periferia e do tronco cerebral e também de alguns vindos de centros superiores.
2 - Segundo o artigo Silva et al.  (2009), como danos às estruturas do tronco encefálico afetam processos cognitivos?
O tumor de glioma de baixo grau se aloja nos componentes do tronco encefálico. Podem ser focais, localizando-se mais especificamente na região do bulbo ou podem ser intrínsecos localizando-se na região superior do bulbo e uma parte da ponte. Essas regiões estão intimamente ligadas a funções executivas, motoras, memória de curto prazo e etc. Tendo como conseqüência alterações nos processos cognitivos.


Referências Bilbiográfica

SILVA, Rochela Corronato Correia da; DERTELMANN, Cibila Vieira;  FRISON, Thirzá Baptista;  MATTANA, Marcelo.  Aspectos Cognitivos do Glioma de Baixo Grau: estudo de caso. Rev. Psico. Porto Alegre, v. 40, n. 1, p. 88-93, jan./ mar. 2009.

sábado, 17 de março de 2012

Os estágios do desenvolvimento humano


 




Piaget considera 4 períodos no processo evolutivo da espécie humana que são caracterizados "por aquilo que o indivíduo consegue fazer melhor" no decorrer das diversas faixas etárias ao longo do seu processo de desenvolvimento (Furtado, op.cit.). São eles:
·         1º período: Sensório-motor              (0 a 2 anos)
·         2º período: Pré-operatório                (2 a 7 anos)
·         3º período: Operações concretas     (7 a 11 ou 12 anos)
·         4º período: Operações formais         (11 ou 12 anos em diante)
Cada uma dessas fases é caracterizada por formas diferentes de organização mental que possibilitam as diferentes maneiras do indivíduo relacionar-se com a realidade que o rodeia (Coll e Gillièron, 1987). De uma forma geral, todos os indivíduos vivenciam essas 4 fases na mesma seqüência, porém o início e o término de cada uma delas pode sofrer variações em função das características da estrutura biológica de cada indivíduo e da riqueza (ou não) dos estímulos proporcionados pelo meio ambiente em que ele estiver inserido. Por isso mesmo é que "a divisão nessas faixas etárias é uma referência, e não uma norma rígida", conforme lembra Furtado (op.cit.). Abordaremos, a seguir, sem entrar em uma descrição detalhada, as principais características de cada um desses períodos.
(a) Período Sensório-motor (0 a 2 anos): segundo La Taille (2003), Piaget usa a expressão "a passagem do caos ao cosmo" para traduzir o que o estudo sobre a construção do real descreve e explica. De acordo com a tese piagetiana, "a criança nasce em um universo para ela caótico, habitado por objetos evanescentes (que desapareceriam uma vez fora do campo da percepção), com tempo e espaço subjetivamente sentidos, e causalidade reduzida ao poder das ações, em uma forma de onipotência" (id ibid). No recém nascido, portanto, as funções mentais limitam-se ao exercício dos aparelhos reflexos inatos. Assim sendo, o universo que circunda a criança é conquistado mediante a percepção e os movimentos (como a sucção, o movimento dos olhos, por exemplo).
Progressivamente, a criança vai aperfeiçoando tais movimentos reflexos e adquirindo habilidades e chega ao final do período sensório-motor já se concebendo dentro de um cosmo "com objetos, tempo, espaço, causalidade objetivados e solidários, entre os quais situa a si mesma como um objeto específico, agente e paciente dos eventos que nele ocorrem" (id ibid).
(b) Período pré-operatório (2 a 7 anos): para Piaget, o que marca a passagem do período sensório-motor para o pré-operatório é o aparecimento da função simbólica ou semiótica, ou seja, é a emergência da linguagem. Nessa concepção, a inteligência é anterior à emergência da linguagem e por isso mesmo "não se pode atribuir à linguagem a origem da lógica, que constitui o núcleo do pensamento racional" (Coll e Gillièron, op.cit.). Na linha piagetiana, desse modo, a linguagem é considerada como uma condição necessária mas não suficiente ao desenvolvimento, pois existe um trabalho de reorganização da ação cognitiva que não é dado pela linguagem, conforme alerta La Taille (1992). Em uma palavra, isso implica entender que o desenvolvimento da linguagem depende do desenvolvimento da inteligência.
Todavia, conforme demonstram as pesquisas psicogenéticas (La Taille, op.cit.; Furtado, op.cit., etc.), a emergência da linguagem acarreta modificações importantes em aspectos cognitivos, afetivos e sociais da criança, uma vez que ela possibilita as interações  interindividuais e  fornece, principalmente, a capacidade de trabalhar com representações para atribuir significados à realidade. Tanto é assim, que a aceleração do alcance do pensamento neste estágio do desenvolvimento, é atribuída, em grande parte, às possibilidades de contatos interindividuais fornecidos pela linguagem.
Contudo, embora o alcance do pensamento apresente transformações importantes, ele  caracteriza-se, ainda, pelo egocentrismo, uma vez que a criança não concebe uma realidade da qual não faça parte, devido à ausência de esquemas conceituais e da lógica. Para citar um exemplo pessoal relacionado à questão, lembro-me muito bem que me chamava à atenção o fato de, nessa faixa etária, o meu filho dizer coisas do tipo "o meu carro do meu pai", sugerindo, portanto, o egocentrismo característico desta fase do desenvolvimento. Assim, neste estágio, embora a criança apresente a capacidade de atuar de forma lógica e coerente (em função da aquisição de esquemas sensoriais-motores na fase anterior) ela apresentará, paradoxalmente, um entendimento da realidade desequilibrado (em função da ausência de esquemas conceituais), conforme salienta Rappaport (op.cit.).
 (c) Período das operações concretas (7 a 11, 12 anos): neste período o egocentrismo intelectual e social (incapacidade de se colocar no ponto de vista de outros) que caracteriza a fase anterior dá lugar à emergência da capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes  (próprios e de outrem ) e de integrá-los de modo lógico e coerente (Rappaport, op.cit.). Um outro aspecto importante neste estágio refere-se ao aparecimento da capacidade da criança de interiorizar as ações, ou seja, ela começa a realizar operações mentalmente e não mais apenas através de ações físicas típicas da inteligência sensório-motor (se lhe perguntarem, por exemplo, qual é a vareta maior, entre várias, ela será capaz de responder acertadamente comparando-as mediante a ação mental, ou seja, sem precisar medi-las usando a ação física).
 Contudo, embora a criança consiga raciocinar de forma coerente, tanto os esquemas conceituais como as ações executadas mentalmente se referem, nesta fase, a objetos ou situações passíveis de serem manipuladas ou imaginadas de forma concreta. Além disso, conforme pontua La Taille (1992:17) se no período pré-operatório a criança ainda não havia adquirido a capacidade de reversibilidade, i.e., "a capacidade de pensar simultaneamente o estado inicial e o estado final de alguma transformação efetuada sobre os objetos (por exemplo, a ausência de conservação da quantidade quando se transvaza o conteúdo de um copo A para outro B, de diâmetro menor)", tal reversibilidade será construída ao longo dos estágios operatório concreto e formal.
(d) Período das operações formais (12 anos em diante): nesta fase a criança, ampliando as capacidades conquistadas na fase anterior, já consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que ela é capaz de formar esquemas conceituais abstratos e através deles executar operações mentais dentro de princípios da lógica formal. Com isso, conforme aponta Rappaport (op.cit.:74) a criança adquire "capacidade de criticar os sistemas sociais e propor novos códigos de conduta: discute valores morais de seus pais e contrói os seus próprios (adquirindo, portanto, autonomia)".
De acordo com a tese piagetiana, ao atingir esta fase, o indivíduo adquire a sua forma final de equilíbrio, ou seja, ele consegue alcançar o padrão intelectual que persistirá durante a idade adulta. Isso não quer dizer que ocorra uma estagnação das funções cognitivas, a partir do ápice adquirido na adolescência, como enfatiza Rappaport (op.cit.:63), "esta será a forma predominante de raciocínio utilizada pelo adulto. Seu desenvolvimento posterior consistirá numa ampliação de conhecimentos tanto em extensão como em profundidade, mas não na aquisição de novos modos de funcionamento mental"

Fonte: www.unicamp.br

quarta-feira, 14 de março de 2012

Behaviorismo Radical x Behaviorismo Metodológico

A questão básica da psicologia é: por que as pessoas se comportam de uma determinada maneira?
O que fazemos para responder a esta pergunta? Observamos nós mesmos. E o que vemos quando nos observamos? Ao observarmos nosso comportamento, percebemos que sentimos algo e, então, agimos. Em outras palavras, parece que um estado interno antecede nossa ação. Baseados em uma concepção de causa e efeito mecanicista, em que a causa antecede o efeito e tem com ele um contato direto, atribuímos a causa do comportamento aos estados internos.
Para a psicologia esta concepção de causalidade coloca algumas perguntas: Onde estão estes estados internos? De que eles são feitos? A primeira resposta e talvez a mais aceita até hoje é que estes estados são eventos de uma natureza e uma dimensão distintas da natureza e das dimensões que compõem os fenômenos ditos físicos e que estes estados estariam situados na mente (vista, então, como algo que é diferente do corpo). Esta concepção deixa em aberto uma outra pergunta: Como um fato mental pode causar um fato físico?
Na tentativa de evitar e superar os problemas ocasionados pelos dilemas produzidos nesta concepção é que se constituem as propostas para a psicologia denominadas behavioristas. O contorno dos problemas ou a sua superação acabam encontrando diferentes caminhos. Um deles é o que Skinner (1945,1974) denomina behaviorismo metodológico.

BEHAVIORISMO METODOLÓGICO
A abordagem behaviorista metodológica evita os problemas gerados pela dicotomia mente-corpo, desviando-se dos estados mentais. Para fazer isto, limita-se a tratar os fatos que podem ser objetivamente observados. Nas palavras de Skinner (1974), este behaviorismo emita-se (...) "a considerar aqueles fatos que podem ser objetivamente observados no comportamento de uma pessoa em relação a sua história ambiental anterior".
Para fundamentar esta posição o behaviorismo metodológico baseia-se em duas concepções de filosofia da ciência difundidas no início do século XX: o positivo lógico e o operacionismo.
Tais concepções propunham que se dois observadores não podem concordar acerca do que ocorre no mundo da mente, então: os acontecimentos mentais são inobserváveis e sobre eles não pode haver verdade por acordo. E, por isto, o exame dos fatos mentais deve ser abandonado pela ciência. Deve ser considerada, em seu lugar, a maneira pela qual eles são estudados. Por exemplo: em vez de se estudar a inteligência em si mesma (correndo o risco, devido a sua inacessibilidade à observação direta, de atribuir a ela características fictícias), estuda-se os testes que a medem, a maneira pela qual inteligência é identificada e medida. 
Aparentemente esta proposta foi bem sucedida: ela parece evitar os problemas da dicotomia mente-corpo e não precisa recorrer à introspecção como única alternativa de acesso aos fenômenos psicológicos. Entretanto, o que efetivamente ocorre é a reafirmação do dualismo, uma vez que, o behaviorismo metodológico, ao afirmar que os fatos mentais não podem ser objeto de estudo científico porque não podem ser observados por observadores externos, reafirma a existência de fatos mentais como diferentes fenômenos corporais (físicos).

BEHAVIORISMO RADICAL
O termo foi usado, em 1945, por Skinner, para contrapor-se ao que denominou, então, de behaviorismo meramente metodológico. A proposta de Skinner de um behaviorismo radical, tinha como objetivo superar o dualismo que, segundo ele, marcava o behaviorismo metodológico. 
Nas palavras de Skinner, "O Behaviorismo radical restaura um certo de equilíbrio": não nega a possibilidade de auto conhecimento e não nega a introspecção. E, ao mesmo tempo, não descarta a importância dos eventos externos.
A restauração deste equilíbrio exige uma concepção na qual se rejeita o critério de verdade por acordo público. Em seu lugar, é assumido como critério de avaliação do conhecimento a possibilidade de intervenção dele decorrente. Desta forma, é possível lidar com os eventos privados; a eles não é negado o estatuto de objeto de estudo da ciência: o behaviorismo radical não considera os eventos privados como inobserváveis e não os descarta por serem subjetivos. Entretanto, o behaviorismo radical questiona a natureza destes eventos privados. Em primeiro lugar, os eventos privados não são de outra dimensão: o que é sentido é o próprio corpo e não um mundo não físico, não material, um mundo mental. Em segundo lugar, o que é sentido não é a causa do comportamento: a causa está sempre na história genética e ambiental; tanto o comportamento como os estados internos que o acompanham são produtos destas histórias. 
Esta concepção prescinde das noções mecanicista e teleológica de causalidade. A elas opõe-se uma noção de causalidade baseada no modelo de seleção por conseqüências. A explicação do comportamento se dá por meio do papel seletivo das conseqüências por ele produzidas. A compreensão desta relação comportamento-consequência ambiental selecionadora implica a consideração de três histórias: a história da espécie, a história do indivíduo e a história da cultura.



Fonte: www.cemp.com.br


terça-feira, 13 de março de 2012

Os Efeitos do Álcool no Organismo Humano

O álcool é um depressor de muitas ações no Sistema Nervoso Central, e esta depressão é dose-dependente. Apesar de ser consumido especialmente pela sua ação estimulante, esta é apenas aparente e ocorre com doses moderadas, resultando da depressão de mecanismos controladores inibitórios. O córtex, que tem um papel integrador, sob o efeito do álcool é liberado desta função, resultando em pensamento desorganizado e confuso, bem como interrupção adequada do controle motor.
O etanol se difunde pelos lipídios, alterando a fluidez e a função das proteinas. Altas concentrações de álcool pode diminuir as funções da bomba Na+ K+/ATPase no transporte de elétrons, este efeito compromete a condução elétrica. O álcool parece atuar sobre canais existentes nas membranas dos neurônios, através dos quais estas células trocam íons com o meio circundante. Por meio deles, íons positivos ou negativos entram e saem dos neurônios, aumentando ou diminuindo sua atividade elétrica.
O procedimento, por sua vez, afeta todas as funções cerebrais. Normalmente, os canais iônicos são abertos ou fechados pela ação de neurotransmissores ou por variações na diferença de potencial elétrico entre o interior e o exterior dos neurônios.
Quando o etanol se liga ao receptor GABAérgico, ele promove uma facilitação da inibição GABAérgica. O resultado é um efeito muito mais inibitório no cérebro, levando ao relaxamento e sedação do organismo. Diversas partes do cérebro são afetadas pelo efeito sedativo do álcool tais como aquelas responsáveis pelo movimento, memória, julgamento, respiração, etc. porque existem receptores GABA em muitas partes do cérebro. “No cerebelo e no sistema vestibular, o álcool provoca a disartria que são os problemas na articulação de palavras que levam àquela fala enrolada. Já ataxia é o nome dado para a perda da coordenação dos movimentos. E existem ainda os problemas da visão dupla e do nistagmo, que são oscilações involuntárias dos olhos”.
O glutamato é o neurotransmissor excitatório mais importante do cérebro humano, parecendo ter um papel crítico na memória e cognição. 
O álcool também altera a ação sináptica do glutamato no cérebro, reduzindo a neurotransmissão glutaminérgica excitatória. 
Devido aos efeitos inibitórios sobre o glutamato, o consumo crônico do álcool leva a um aumento dos receptores glutamatérgicos no hipocampo que é uma área importante para a memória e envolvida em crises convulsivas. 
Durante a abstinência alcoólica*, os receptores de glutamato, que estavam habituados com a presença contínua do álcool, ficam hiperativos, podendo desencadear de crises convulsivas à acidentes vasculares cerebrais.
*Síndrome de abstinência - Inicia-se horas após a interrupção ou diminuição do consumo. Os tremores de extremidade e lábios são os mais comuns, associados a náuseas, vômitos, sudorese, ansiedade e irritabilidade. Casos mais graves evoluem para convulsões e estados confusionais, com desorientação temporal e espacial, falsos reconhecimentos e alucinações auditivas, visuais e táteis (delirium tremens).
Em níveis mais altos de álcool no sangue, a cognição e a coordenação motora são tão afetadas que multiplicam os riscos de dirigir veículos e operar máquinas perigosas, e até mesmo um simples passeio de bicicleta pode causar um acidente grave. O uso prolongado e abusivo do álcool pode causar dependência. Então, se a pessoa para de beber, ela experimenta o fenômeno de abstinência alcoólica, levando o indivíduo a um estado de desconforto emocional, ansiedade, tremores, insônia.

Transtorno Amnésico Alcoólico
O uso de álcool pode produzir danos detectáveis à memória após apenas algumas doses e à medida que o consumo aumenta, também aumentam os danos ao cérebro. Altas quantidades de álcool, especialmente quando consumidas de maneira rápida e com o estômago vazio, podem produzir um “branco” ou um intervalo de tempo no qual o indivíduo intoxicado não consegue recordar detalhes de eventos ou até mesmo eventos inteiros. Os estudos sugerem que as mulheres são mais susceptíveis do que os homens para vivenciar esses efeitos adversos sob mesmas doses de álcool. Essa ação parece estar relacionada às diferenças orgânicas existentes entre homens e mulheres no metabolismo dessa substância.

Sistema Nervoso Periférico

 O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos, que são representantes dos axônios (fibras motoras) ou dos dendritos (fibras sensitivas). São as fibras nervosas dos nervos que fazem a ligação dos diversos tecidos do organismo com o sistema nervoso central. É composto pelos nervos espinhais e cranianos. Os nervos espinhais se originam na medula e os cranianos no encéfalo.
Para a percepção da sensibilidade, na extremidade de cada fibra sensitiva há um dispositivo captador que é denominado receptor e uma expansão que a coloca em relação com o elemento que reage ao impulso motor, este elemento na grande maioria dos casos é uma fibra muscular podendo ser também uma célula glandular. A estes elementos dá-se o nome de efetor.
Portanto, o sistema nervoso periférico é constituído por fibras que ligam o sistema nervoso central ao receptor, no caso da transmissão de impulsos sensitivos; ou ao efetor, quando o impulso é motor.
As fibras que constituem os nervos são em geral mielínicas com neurilema. São três as bainhas conjuntivas que entram na constituição de um nervo: epineuro (envolve todo o nervo e emite septos para seu interior), perineuro (envolve os feixes de fibras nervosas), endoneuro (trama delicada de tecido conjuntivo frouxo que envolve cada fibra nervosa). As bainhas conjuntivas conferem grande resistência aos nervos sendo mais espessas nos nervos superficiais, pois estes são mais expostos aos traumatismos.).
Os movimentos mais simples que podemos executar como espirrar, pestanejar, recolher a mão ao tocar superfícies quentes são reações automáticas, involuntárias, envolvendo impulsos nervosos denominados reflexos. O caminho percorrido pela informação é denominado arco reflexo; já os fenômenos que se desenvolvem nas vias nervosas desde o receptor, ao receber o estímulo, até o efetor, que dá resposta final, denomina-se ato reflexo. 
O arco reflexo pode ser simples, quando envolve um pequeno número de neurônios, ou complexo, quando envolve um grande número de neurônios. 
Exemplo de um arco reflexo simples: 
Reflexo patelar – um golpe aplicado no tendão do joelho excita as extremidades nervosas dos neurônios (dendritos) os axônios desses neurônios levam o impulso até a medula, fazendo sinapse com os neurônios associativos que transmitem o impulso nervoso através de seus axônios aos neurônios motores, que atuam nos músculos provocando o movimento.

Sistema Nervoso Central



O sistema nervoso central é responsável por receber e processar informações. Ele é constituído de encéfalo e medula espinal, protegidos por crânio e coluna vertebral, respectivamente. 

Ambas as estruturas são reforçadas por três lâminas conjuntivas, denominadas meninges. São elas a dura-máter, aracnoide e pia-máter. Há, entre as duas últimas, a presença de um líquido: o líquor, responsável pela nutrição do SNC (sistema nervoso central) e pela minimização dos possíveis traumas causados por choques mecânicos. 

ENCÉFALO

O encéfalo é constituído de cérebro, cerebelo, e tronco encefálico, esse último é formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo raquidiano.

Cérebro

O cérebro é constituído pelos hemisférios cerebrais (telencéfalo) e diencéfalo. Estes primeiros são unidos pelo corpo caloso: uma estrutura constituída de fibras nervosas. Em cada uma dessas duas regiões existem divisões de determinadas áreas, delimitadas por sulcos mais profundos: os lobos frontais, parietais, temporais e occipitais. Estes se dão aos pares (um em cada hemisfério), e cada tipo coordena uma função específica - como a audição, ligada aos lobos temporais.

A região mais externa do cérebro é denominada córtex cerebral, rico em corpos de neurônios e, em razão de sua tonalidade, era denominado “substância cinzenta”. O córtex possui áreas sensoriais, motoras e associativas (interpretação de sensações e elaboração de planos de ação).

A região mais interna do cérebro, rica em dendritos e axônios, geralmente revestidos por mielina, é a substância branca, que leva informações ao córtex, e recebe dele instruções acerca do funcionamento do corpo.

As mensagens sensoriais, exceto olfativas, passam antes pelo tálamo. Outra estrutura, localizada sob o tálamo, é o hipotálamo, que ativa glândulas produtoras de hormônios e exerce um papel muito importante em relação à homeostase do organismo. Há, ainda, o epitálamo. Formado basicamente pela glândula pineal, é responsável pelo controle dos ciclos circadianos, influenciando diretamente em nosso relógio biológico; e produz a melatonina. Tálamo, hipotálamo e epitálamo constituem o diencéfalo.

Cerebelo

O cerebelo coordena os movimentos e a postura corporal, mantendo nosso equilíbrio e permitindo com que façamos determinadas tarefas, como andar de bicicleta. Isso só é possível porque ele recebe diversas informações do encéfalo e medula espinal. Também possui substância cinzenta externa e substância branca, internamente.

Tronco encefálico
mesencéfalo recebe e coordena informações relativas ao tônus muscular e postura corporal. É, também, responsável pelos reflexos visuais e auditivos.

ponte também auxilia em relação ao tônus muscular, postura e equilíbrio. Além disso, controla a respiração e coordena a movimentação do corpo, inclusive dos olhos e pescoço.

bulbo raquidiano, também chamado de medula oblonga, participa de processos vitais, como respiração, batimentos cardíacos e vasoconstrição.

tronco encefálico é formado apenas por substância branca.


MEDULA 
A medula espinal se localiza em nossas vértebras, na região onde estas são perfuradas. Ao contrário do cérebro e cerebelo, a camada cinzenta da medula encontra-se mais interna que a camada branca.

Ela é quem recebe primeiramente as informações transmitidas das mais diferentes regiões do corpo, para depois encaminhá-las para o encéfalo. Da mesma forma, as informações oriundas deste passam por ela, para depois serem conduzidas às regiões específicas.

Além disso, a medula é responsável por reflexos rápidos em resposta a situações de emergência, como retirar imediatamente a mão da tomada ao receber choque. Tudo isso acontece nesta região graças aos trinta e um nervos espinhais que contém.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

Neuroanatomia - 2º aula prática



Questionário

1. Quantos neurônios estão envolvidos no trajeto sensorial: Aonde se encontram seus corpos?
R: Três Neurônios. O primeiro se encontra no gânglio da raiz dorsal, o segundo no núcleo cuneado no bulbo e o terceiro no núcleo lateral posterior ventral no córtex cerebral.

2.      Diferencie fascículo grácil e cuneiforme de núcleos grácil e cuneiforme.
R: Núcleos são massas de substancia cinzenta dentro da branca e Fascículos são tractos mais compactos.

O que é uma decusassão?
R: São formações anatômicas que cruzam obliquamente o plano mediano.

Defina Lemniscos e compare com Fascículo.
R: Lemniscos são feixes de fibras em forma de fita e se diferenciam dos fascículos por causa do seu formato.

Descreva o trajeto sensorial básico.
    R: A fibra nervosa entra pelo gânglio da raiz dorsal, passando pelo fascículo cuneiforme da medula  espinal e logo em seguida entrando no bulbo na região do núcleo cuneado e passando pela decusassão sensorial. Logo depois passa pelo lemnisco medial do bulbo e depois pelo lemnisco medial da ponte e em seguida pelo lemnisco medial do mesencéfalo. Chega ao Núcleo Lateral Posterior Ventral no Córtex Cerebral, dando a resposta ao músculo (antebraço e área da mão


Fonte: http://sacral1.blogspot.com.br/

Sindrome do Pensamento Acelerado - SPA


Você está estressado? Se irrita com pouca coisa, não consegue relaxar, nem dormir direito?
Cuidado! Você pode estar sofrendo de Síndrome do Pensamento Acelerado (Spa). 
É uma doença moderna, que atinge principalmente pessoas que moram em cidades grandes. 


A velocidade do pensamento, que já se tornou comum na correria do dia-a-dia, pode provocar ansiedade e deteriorar a qualidade de vida. Isso pode acabar causando a síndrome. 


Os portadores desse problema lutam para conquistar algo, mas quando conseguem, logo perdem o prazer. Amam o desafio, mas não sabem desfrutar o pódio. Detestam a rotina, estão sempre em busca de novos estímulos para ter um pouco de satisfação. Contudo, não têm uma emoção contemplativa e estável, pois ela é continuamente torpedeada pela avalanche de pensamentos que produzem. 


Uma edição como a do jornal New York Times contém mais informações do que uma pessoa comum poderia incorporar. Precisaríamos de mil anos para receber o que se produz em um mês no mundo. Muitos escritores, jornalistas, profissionais liberais possuem a Spa. Raramente um executivo não a tem. 


Sintomas:
Irritabilidade, insatisfação existencial, dificuldade de concentração, déficit de memória, fadiga excessiva, sono alterado, dificuldade de extrair prazer nos estímulos da rotina diária, sentimento de insuficiência. 


Causas:
Excesso de estímulos do mundo moderno. A cada 10 anos, dobra o número de informações no mundo. A grande quantidade de informações, associada a preocupações sociais, busca compulsiva de necessidades que nem sempre são prioritárias e intensa atividade profissional. 


O que acontece:
Uma característica básica da síndrome Spa é o cansaço físico exagerado e inexplicável. Por pensar excessivamente, os portadores dessa síndrome roubam energia do córtex cerebral, que é a camada mais evoluída do cérebro. A energia do córtex deveria ser utilizada nos órgãos do corpo, como musculatura. Assim, sentem uma fadiga impressionante. 


Como tratar:
Para evitar ou tratar a Spa é preciso um novo estilo de vida. Torna-se necessário treinar a emoção para desacelerar os pensamentos e se tornar uma pessoa estável, feliz e tranqüila.  


Fonte: http://maisvoce.globo.com

Teoria da Sexualidade Segundo S. Freud


Um dos maiores conhecimentos que Freud trouxe à psicologia foi quando mencionou que a experiência da infância tem uma forte influência sobre a personalidade adulta. “O desenvolvimento da personalidade envolve uma série de conflitos entre o indivíduo, que quer satisfazer os seus impulsos instintivos, e o mundo social (principalmente a família), que restringe este desejo.” (CLONINGER, 1999, p. 55).


Existem cinco fases universais do desenvolvimento que são chamadas de fases psicossexuais. Freud acreditava que a personalidade estaria essencialmente formada ao fim da terceira fase, por volta dos cinco anos de idade, quando o indivíduo possivelmente já desenvolveu as estratégias fundamentais para a expressão dos seus impulsos, estratégias essas que estabelecem o núcleo da personalidade.


Na fase oral, o desenvolvimento ocorre desde o nascimento aos doze meses de vida. Nesta fase a zona de erotização é a boca, as atividades prazerosas são em torno da alimentação (sucção). Quando o bebê aprende a associar a presença da mãe à satisfação da pulsão da fome, a mãe vem a ser um objeto à parte, ou seja, o bebê começa a diferenciar entre si próprio e os outros. Uma fixação nessa fase provoca o desenvolvimento de um tipo de personalidade de caráter oral, do qual os traços fundamentais são o otimismo, a passividade e a dependência. Para Freud, os transtornos alimentares poderiam se dar às dificuldades na fase oral.


A fase anal ocorre durante o segundo e o terceiro ano de vida, onde o prazer está no ânus. Nessa fase a criança tem o desejo de controlar os movimentos esfincterianos e começa também a entrar em conflito com a exigência social de adquirir hábitos de higiene. Uma fixação nessa fase pode causar conflitos para o resto da vida em torno de questões de controle, de guardar para si ou entregar. O caráter anal é caracterizado pro três traços que são: ordem, parcimônia (econômico) e teimosia.


Na fase fálica que ocorre dos três aos cinco anos, a área erógena fundamental do corpo é a zona genital. Freud sustenta que nessa fase o pênis é o órgão mais importante para o desenvolvimento, tanto dos homens quanto das mulheres, por isso Freud é fortemente criticado e acusado de ser falocêntrico. O desejo de prazer sexual expressa-se por meio da masturbação, acompanhada de importantes fantasias. Nessa fase fálica também ocorre o complexo de Édipo, que consiste no menino desejar a própria mãe, mas por medo da castração abandona esse desejo, igualmente ocorre com a menina mudando apenas os papéis, onde o pai seria o seu objeto de desejo. Uma não resolução nessa fase pode ser considerada como a causa de grande parte das neuroses.


A psicanálise certifica que a fixação na fase fálica tem como conseqüência dificuldades na formação do superego (regras sociais), na identidade do papel sexual e até mesmo na sexualidade, envolvendo inibição sexual, promiscuidade sexual e homossexualismo. Dificuldades como a identificação de papéis sexuais podem derivar de dificuldades nesta fase. Freud propôs que os homens homossexuais tem uma forte angústia de castração, mas Freud é novamente criticado por não levar em conta as questões sociais que mudam de uma cultura para a outra e que influenciam o desenvolvimento das preferências sexuais. Ele acreditava também que a tendência homossexual poderia ser de caráter hereditário.


Freud declara que em grande parte a personalidade se forma durante esses primeiros três estágios psicossexuais, quando são estabelecidos os mecanismos essenciais do ego para lidar com os impulsos libidinais.


A fase de latência que ocorre desde os 5 anos e vai até a puberdade é considerado um período de relativa calma na evolução sexual, sendo que pouco é colocado por Freud com relação a tensão libidinal.


Na fase genital que tem início na puberdade, o indivíduo desenvolve a capacidade de obter satisfação sexual com um parceiro do sexo oposto. “O caráter genital é o ideal freudiano do desenvolvimento pleno, que se desenvolve na ausência de fixações ou depois da sua resolução por meio de uma psicanálise.” (CLONINGER, 1999, p.63). Contudo, o indivíduo livre de conflitos pré-edípicos significativos, aprecia uma sexualidade satisfatória preocupando-se com a satisfação do companheiro sexual, evitando assim a manifestação de um narcisismo egoísta. Assim sua energia psíquica sublimada fica disponível para o trabalho, que é prazeroso.
REFERÊNCIA:


CLONINGER, Susan C. Teorias da Personalidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999. Pg. 53-63.t

sábado, 10 de março de 2012

Id, Ego e Super-ego.

 Os Níveis de Personalidade

   Nos primeiros trabalhos, Freud sugeria a divisão da vida mental em duas partes: consciente e inconsciente. A porção consciente, assim como a parte visível do iceberg, seria pequena e insignificante, preservando apenas uma visão superficial de toda a personalidade. A imensa e poderosa porção inconsciente - assim como a parte submersa do iceberg - conteria os instintos, ou seja, as forças propulsoras de todo comportamento humano.

    Nos trabalhos posteriores, Freud reavaliou essa distinção simples entre o consciente e o inconsciente e propôs os conceitos de *Id, **Ego e ***Superego. O "ID", grosso modo, correspondente à sua noção inicial de inconsciente, seria a parte mais primitiva e menos acessível da personalidade. Freud afirmou: "Nós chamamos de (...) um caldeirão cheio de axcitações fervescentes. [O id] desconhece o julgamento de valores, o bem e o mal, a moralidade" (Freud, 1933, p. 74). As forças do id buscam a satisfação imediata sem tomar conhecimento das circunstâncias da realidade. Funcionam de acordo com o princípio do prazer, preocupadas em reduzir a tensão mediante a busca do prazer e evitando a dor. A palavra em alemão usada por Freud para id era es, que queria dizer "isso", termo sugerido pelo psicanalista Georg Grddeck, que enviara a Freud o manuscrito do seu livro intitulado The book of it (Isbister, 1985).

    O id contém a nossa energia psíquica básica, ou a libido, e se expressa por meio da redução de tensão. Assim, agimos na tentativa de reduzir essa tensão a um nível mais tolerável. Para satisfazer às necessidades e manter um nìvel confortável de tensão, é necessário interagir com o mundo real. Por exemplo: as pessoas famintas devem ir em busca de comida, caso queiram descarregar a tensão induzida pela fome. Portanto, é necessário estabelecer alguma espécie de ligação adequada entre as demandas do id e a realidade.

      O ego serve como mediador, um facilitador da interação entre o id e as circunstâncias do mundo externo. O ego representa a razão ou a racionalidade, ao contrário da paixão insistente e irracional do id. Freud chamava o ego de ich, traduzido para o inglês como  "I"  (Eu"  em português). Ele não gostava da palavra ego e raramente a usava. Enquanto o idanseia cegamente e ignora a realidade, o ego tem consciência da realidade, manipula-a e, dessa forma, regula o id. O ego obedece ao princípio da realidade, refreando as demandas em busca do prazer até encontrar o objeto apropriado para satisfazer a necessidade e reduzir a tensão.
    O ego não existe sem o id; ao contrário, o ego extrai sua força do id. O ego existe para ajudar o id e está constantemente lutando para satisfazer os instintos do id. Freudcomparava a interação entre o ego e o id com o cavaleiro montando um cavalo fornece energia para mover o cavaleiro pela trilha, mas a força do animal deve ser conduzida ou refreada com as  rédeas, senão acaba derrotando o ego racional.

      A terceira parte da estrutura da personalidade definida por Freud,osuperego,desenvolve-se desde o inicio da vida,quando a criança assimila as regras de comportamento ensinadas pelos pais ou responsáveis mediante o sistema de recompensas e punições. O comportamento inadequado  sujeito à punição torna-se parte da consciência da criança, uma porção do superego. O comportamento aceitável para os pais ou para o grupo social e que proporcione a recompensa torna-se parte do ego-ideal, a outra porção dosuperego. O comportamento aceitável para os pais ou para o grupo social e que proporcione a recompensa torna-se parte do ego- ideal, a outra porção do superego. Dessa forma, o comportamento é determinado inicialmente pelas ações dos pais; no entanto, uma vez formado o superego, o comportamento é determinado pelo autocontrole. Nesse ponto, a pessoa administra as próprias recompensas ou punições. O termo cunhado por Freudpara o superego foi über-ich, que significa literalmente "sobre-eu".

   O superego representa a moralidade. Freud descreveu-o como o "defensor da luta em busca da perfeição - o superego é, resumindo, o máximo assimilado psicologicamente pelo indivíduo do que é considerado o lado superior da vida humana" (Freud, 1933, p. 67). Observe-se então, que, obviamente, o superego estará em conflito com o id. Ao contrário do ego, que tenta adiar a satisfação do id para momentos e lugares mais adequados, osuperego tenta inibir a completa satisfação do id.

     Assim Freud imaginava a constante luta dentro da personalidade quando o ego é pressionado pelas forças contrárias insistentes. O ego deve tentar retardar os ímpetos agressivos e sexuais do id, perceber e manipular a realidade para aliviar a tensão resultante, e lidar com a busca do superego pela perfeição. E, quando o ego é pressionado demais, o resultado é a condição definida por Freud como ansiedade.

*Id: fonte de energia psíquica e o aspecto da personalidade relacionado aos instintos.

**Ego: aspecto racional da personalidade responsável pelo controle dos instintos.

***Superego: o aspecto moral da personalidade, produto da internalização dos valores e padrões recebidos dos pais e da sociedade.

Em outras palavras:
ID: Constitui o reservatório de energia psiquica, é onde se localizam as pulsões de vida e de morte. As características atribuídas ao sistema incosciente. É regido pelo princípio do prazer (Psiquê que visa apenas o prazer do indivíduo). 
EGO: É o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as ordens do superego. A verdadeira personalidade, que decide se acata as decisões do (Id) ou do (Superego). 
SUPEREGO: Origina-se com o complexo do Édipo, apartir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. (É algo além do ego que fica sempre te censurando e dizendo: Isso não está certo, não faça aquilo, não faça isso, ou seja, aquela que dói quando prejudicamos alguém, é o nosso "freio".)


Fonte: www.psicoloucos.com